A comunidade de São Carlos e região está convidada para participar, nos dias 16, 17 e 18 de maio, da Mostra de Cinema - Cine Oeste. Serão exibidos cinco documentários, a partir das 19h15 (todas as noites), no auditório do Câmpus São Carlos do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), na rua Aloísio Stofel, 1271, bairro Jardim Alvorada.
As sessões fazem parte do projeto de extensão “Arte no IFSC”, que terá programação gratuita para toda a comunidade entre os meses de maio e outubro.
A primeira atividade será a Mostra de Cinema - Cine Oeste, com o objetivo de integrar e difundir as produções cinematográficas realizadas em Chapecó e região. A Mostra é uma parceria com o Sesc Chapecó, a Cinelo e a Unochapecó. Após as sessões haverá bate-papo com os diretores dos filmes.
Programação:
Dia: 16/05 (terça-feira) Horário: 19h15 Documentário: O Goio-En Transbordou (2014, 70 min)
Entre as décadas de 20 e 70, os moradores do Goio-En, comunidade que fica às margens do Rio Uruguai no município de Chapecó, se alegravam com a possibilidade de cheia no rio. A enchente era sinal de trabalho. Era hora de largar as balsas, que transportavam madeira para a Argentina, rio abaixo, de lotar os hotéis e restaurantes com os viajantes que permaneciam no Porto até o rio baixar. Enquanto passavam as barcas, as balsas, a vida acontecia no Porto Goio-En. Em 1965 o “Dilúvio” transformou o local. Hoje, o Rio Uruguai transbordou mais uma vez e cobriu boa parte da comunidade do Goio-En. Uma “enchente” provocada pela construção da Usina Foz do Chapecó que mudou definitivamente o destino da comunidade, alterando a paisagem e a história do Porto Goio-En”.
Direção: Cassemiro Vitorino e Ilka Margot Goldschmidt
Dia: 17/05 (quarta) Horário: 19h15 Documentário: Bardo (2015, 35 min) O documentário explora a dimensão antropológica contação a partir da relação intrínseca do ser humano com a narrativa oral, a memória coletiva e a construção de sentido. As histórias são representações e nós e nossos registros pictóricos que se fixam nas paredes da vida. Pois “(...) somente nos sonhos, na poesia, no jogo (...), aproximamo-nos às vezes do que fomos antes de ser isto que ninguém sabe se somos”, dizia Julio Cortázar. Direção: Taulan Cesco
Dia: 17/05 (quarta) Horário: 19h15 Documentário: Pedras (2003, 16 min) Na Linha Guararapes, interior do município de Xavantina, os moradores juram em uma determinada localidade, onde existe um rio, pedras são jogadas inexplicavelmente. Como que caídas do céu as pedras surgem do nada. O local, no passado, foi palco de uma sangrenta batalha entre o exército, índios e caboclos. Direção: Elizandra Nilson, João Lucas, Odoni Perin, Patrícia Vanzin e Paula Garcia
Dia: 18/05 (quinta) Horário: 19h15 Documentário: Chimbangue (2015, 30 min) Símbolo de persistência e reduto da etnia kaingang, a Toldo Chimbangue é uma terra reconquistada, após os indígenas que viviam no local terem sido expulsos durante o processo de colonização de Chapecó. Com representatividade nacional, a Chimbangue é a primeira terra indígena no Brasil onde agricultores que compraram o direito de explorar a região foram indenizados para que índios pudessem voltar a viver no local. Mais do que história, Chimbangue busca mostrar a importância de uma terra própria para a continuidade de uma cultura. Direção: André Zanfonatto
Dia: 18/05 (quinta) Horário: 19h15 Casamento de Índio (2012, 15 min) Os passos de um índio nunca são tão trêmulos e ensurdecedores como no dia do seu casamento. Nem a tímida garoa que ameaça cair acanha os convidados que caminham portando seus foguetes apontados para o céu. O Kaingang casa diferente! Diferente dos outros índios, diferente do branco ou um pouco dos dois. Direção: Cássio Dal Ponte
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Por Rafaela Menin / Jornalista IFSC |